"Busquei o meu Senhor, e Ele me respondeu;

 livrou-me de todos os meus temores." Sl 34,4

Ele pode parecer  inofensivo,  até que o deixamos ocupar um grande espaço em nossas vidas e no decorrer dos dias sobram apenas resíduos de alegria. Quem é ele? O medo!

Já percebeu como as palavras pequenas têm grandes significados (amor, ódio, ira, mágoa, Deus...)? Com "medo" não é diferente. Quatro letrinhas que, juntas tornam-se a destruição na vida de muita gente.  Quando permitimos que o medo nos envolva, nos tornamos escravos dele e presos á uma zona de segurança. O medo não busca a novidade pois não sabe as consequências; não busca o amor pois pode magoar, o futuro pois é incerto, os sonhos pois podem não serem realizados. O medo nos fragiliza, nos torna pessoas sérias, sem objetividades e grandezas.

Deus, já sabendo que os povos viveriam cercados por temores, nos deixa diversas mensagens de coragem: “não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça”. (Is41.10);  “Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos” (Mt 10:31). 
O medo caminha com a história da humanidade e esteve presente também em grandes homens de Deus, todavia, ele apenas se transforma em problema quando ocupa o centro de nossas vidas derrubando toda a fé e esperança. Confiar em Deus é o primeiro passo para recusar o temor; ter a plena convicção de que o Pai é maior que qualquer preocupação e compreender que coragem faz parte de Seu vocabulário “em Deus ponho a minha confiança, e não terei medo; que me pode fazer o homem?” (Sl 6.11). Afinal, medo não salva um casamento muito menos um bebê de uma casa em chamas, não te desafia a voltar a estudar, tampouco a falar da Palavra para um ateu. Quem fazem essas coisas são a Coragem e a Fé, o medo simplesmente nos aprisiona e nos impede de seguir.

A pior maldição que um povo pode sofrer é ter uma religião movida à base de mera emoção e sensacionalismo. A ausência de realidade espiritual já é trágica; mas o aumento da falsa espiritualidade é pecado mortal.

Samuel Chadwick