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Não Conte a Ninguém #DicaDeLivro
quarta-feira, fevereiro 08, 2012
Há oito anos, enquanto comemoravam o aniversário de seu primeiro beijo, o Dr. David Beck e sua esposa, Elizabeth, sofreram um terrível ataque. Ele foi golpeado e caiu no lago, inconsciente. Ela foi raptada e brutalmente assassinada por um serial killer. O caso volta à tona quando a polícia encontra dois corpos enterrados perto do local do crime, junto com o taco de beisebol usado para nocautear David. Ao mesmo tempo, o médico recebe um misterioso e-mail, que, aparentemente, só pode ter siso enviado por sua esposa.
Autor: Harlan Coben
Editora: Sextante
Gêmero: Literatura Estrangeira - Ficção Policial
Trecho do livro:
(...)
– Dr. Beck?
– Mais um minutinho – respondi.
Segurei o mouse e posicionei o cursor sobre a mensagem. Cliquei e ela apareceu:
Para: dbeckmd@nyhosp.com
De: 13943928@comparama.com
Assunto: E. P. + D. B. /////////////////////
Mensagem: Clique no link abaixo, a hora do beijo.
Senti um aperto no peito.
A hora do beijo?
Só podia ser piada. Não entendo nada de mensagens secretas. E também não
gosto de ficar esperando.
Voltei a agarrar o mouse e movi a seta sobre o link. Cliquei e ouvi o barulho
do modem típico das máquinas antiquadas. Temos um sistema antigo na clínica. A página levou algum tempo para abrir. Aguardei, pensando: “A hora do
beijo, como é que eles sabem disso?”
A página surgiu. Havia uma mensagem de erro.
Franzi a testa. Quem teria mandado aquilo? Tentei pela segunda vez, e a mensagem de erro voltou. Tratava-se de um link corrompido.
Quem foi que descobriu a hora do beijo?
Nunca contei a ninguém. Elizabeth e eu não falávamos muito disso, provavelmente por não ser importante. Éramos sentimentais como Poliana, e por isso
guardávamos essas coisas para nós mesmos. Sei que é uma cafonice, mas, quando nos beijamos pela primeira vez, 21 anos antes, olhei a hora. Só de curtição.
Recuei e consultei o relógio:
“Seis e quinze”, observei.
E Elizabeth disse:
“A hora do beijo.”
Olhei a mensagem outra vez. Comecei a me aborrecer. Aquilo não era nem
um pouco engraçado. Não é nada legal mandar um e-mail cruel, mas...
A hora do beijo.
Bem, a hora do beijo seria às seis e quinze da próxima noite. Eu não tinha
muita escolha. Teria de esperar até lá.
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