Meu propósito aqui é relatar algumas informações colhidas do livro “Islamismo e a Trindade” de Silas Tostes.

Logo na introdução do livro é fácil perceber que a mai
 or divergência islâmica em relação ao cristianismo, se situa na doutrina bíblica da trindade.Em conseqüência da doutrina da trindade estar tão clara e evidente na bíblia, os islâmicos buscam denegrir a bíblia, recusando assim, a crer na sua veracidade; Afirmam os islâmicos, que a bíblia foi adulterada com o passar dos tempos.
O livro de “Silas Tostes” exprime legitimamente a visão islâmica sobre os assuntos aqui abordados, pois o livro traz informações com “alta isenção de tendências espirituais” por parte do autor, o mesmos se preocupou na construção do livro em obter as visões islâmicas de fontes de alta
 confiabilidade alcorânica.A participação de respeitados estudiosos do “alcorão”, endossam a credibilidade do livro de Silas Tostes.
Com um olhar crítico e investigativo o autor não apenas pretende, mas, refuta com imparcialidade as objeções islâmicas sobre a fé cristã, a própria bíblia é o elemento mais usado para sua própria defesa; a
 bíblia traz para nós cristãos um princípio de liberdade ligado a muita coerência, portanto não abalamos nossa fé pelo fato de existirem muitas objeções à ela(a bíblia).O livro abre um horizonte em relação a nos incentivar para um debate livre e aberto com o mundo islâmico; o livro ensina a importância de sabermos dialogar sem desrrespeitar outras culturas religiosas.

Entre os pontos fundamentais do livro, posso destacar dois:A crença islâmica em Deus e a crença cristã em  Deus.

Neste segundo momento destacarei a crença islâmica em Deus.

O islamismo fixa sua fé em Deus, baseado na “suposta” revelação do “alcorão” pelo “profeta” Maomé; o alcorão é tido pelo islamismo como a revelação final de Deus ao homem. Segundo a visão de autoridades islâmicas poderemos concluir as bases do conflito criado pelo islã ao longo dos séculos.
A posição islâmica nega a existência de um Deus triuno. Os islâmicos resolvem tal problema simplesmente negando a veracidade ou autenticidade da bíblia. O que se torna mais intrigante não é o fato de os islâmicos negarem a trindade, mas, sim, sua posição quanto a “Alá” e o Deus da bíblia; os islâmicos alegam que Alá é o mesmo Deus dos judeus e cristãos, porém também alegam que não apenas a doutrina cristã esteja transtornada, mas, também a judaica, pois na visão islâmica o próprio “torah” também foi adulterado.
A principal evidência que os islâmicos apresentam para negar as doutrinas cristãs é simplesmente o uso de alguns versos do alcorão(como podemos crer na autenticidade do alcorão?). Esses versos afirmam que o deus islâmico é o mesmo Deus da bíblia, por exemplo: o “sura” 29 verso 46 vemos que de maneira clara eles(os islâmicos)afirmam que o de alcorânico é o mesmo que o Deus bíblico, ...dizem eles, que crêem no que nos foi revelado antes, assim como crêem no que foi revelado a eles(por Maomé) agora; eles dizem:”o nosso deus e o vosso Deus são um e a ele nos submetemos. No sura 2 verso 138-140, mais uma vez vemos que a crença islâmica afirma ser o seu deus o mesmo que o Deus judaico e cristão. Porém, se essa possibilidade fosse real, ficaria aqui estampada uma grande dúvida(...),qual seria o motivo de tantas divergências que os muçulmanos apontam na bíblia? A alegação dos eruditos do islã é que a bíblia devido crenças religiosas mal interpretadas sofreu muitas distorções; homens tendenciosos e criminosos falsificaram textos bíblicos, causando assim, um afastamento inevitável do homem à verdadeira verdade.
O que fazer, então? Se nos falta a verdade é necessário que surja alguém para salvar nosso planeta! Surge então, “O Profeta corregedor das escrituras, Maomé”.
Vale ressaltar aqui, que o mais intrigante sobre a posição islâmica, de adulteração da bíblia, é que os judeus e os cristãos(que possuem grandes diferenças em suas crenças)teriam que entrar em comum acordo para juntos adulterarem as letras da sagrada escritura bíblica(algo que seria impossível de acontecer, devido a grandes divergências que os judeus tem sobre a pessoa de Jesus Cristo).
Quanto a Deus, os islâmicos negam que Deus seja uma unidade composta(Deus Pai- Deus Filho –Deus Espírito Santo); eles(os islâmicos)dizem que nós cristãos adoramos vários deuses; o entendimento islâmico não consegue aceitar a trindade de Deus(vale destacar que não existem três deuses, mas sim, um Deus composto de três pessoas.Os islâmicos entenderam no princípio da sua busca pelo entendimento bíblico que a trindade era composta por Deus Pai, Maria a mãe e o filho Jesus Cristo(o que seria realmente um grosseira heresia).
O alcorão (sura 4:48,116) cita que crer no Deus Triuno é atribuir parceiros a Deus, e isso se torna um pecado imperdoável chamado “shirk”.
Certamente esse conceito islâmico vem no intuito de condenar a idolatria(o que por nós também é altamente condenável).
Lamentamos pela falha de interpretação que os islâmicos optaram em absorver, no entanto, a posição cristã sobre Deus é e será eternamente imutável, pois cremos no que a bíblia diz ser a real doutrina(não cremos de forma alguma que a bíblia tenha sofrido essas falsificações que os islâmicos afirmam) de Deus.
Cremos em uma unidade divina composta de três pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo; não cremos em três deuses, mas sim, em um único Deus. Não é aceitável que um cristão creia na possibilidade de existência de um outro deus; servir a outros deuses é considerado pela bíblia como cultuar demônios; todos nós sabemos que a idolatria é condenada por Deus.
Tendo aqui exposto a crença cristã em um único Deus, quero também expor nosso entendimento sobre a unidade composta de Deus; Existem exemplos da unidade composta de Deus, já no antigo testamento(mesmo que de forma mais discreta em desçamos e confundamos ali a sua língua).Mais uma vez Deus fala no plural; sabemos que essas passagens aqui citadas não tornam tão clara a doutrina da trindade, porém, tornam fácil o nosso entendimento de que há pluralidade de pessoas na divindade;em Gn 1.26 diz: “Então disse Deus:FAÇAMOS o homem à nossa imagem e conforme à nossa semalhança”.

Percebemos aqui que Deus fala no plural, como também em Gn 11.7, ele diz:” Eia de Jesus Cristo é evidenciada em muitas passagens do novo testamento; se torna irrelevante aqui citarmos muitas dessas passagens, porém, quero destacar uma que na minha visão é imprescindível, trata-se do último capítulo da bíblia, Ap 22.13-16, no verso 13, diz: “eu sou o alfa e o ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim.[...]- quem seria essa “eu sou”? Vemos claramente essa resposta no verso 16, onde diz:”Eu Jesus,[...]; Jesus, então afirma que Ele é o princípio(glória a Deus); faço uma breve observação:A bíblia usada por mim, para a exposição desses últimos versos, é a tradução “do novo mundo”(Testemunhas de Jeová).
Esse mesmo princípio para provar a divindade de Jesus, também se aplica à pessoa do Espírito Santo. Vemos em At 5.3-4, Pedro diz a Ananias, que quando ele tentou trapacear o Espírito Santo,não foi a homens, mas, a Deus que Ananias tentou trapacear. Conclusão:Deus é uma unidade composta de três pessoas, o Pai- O Filho- O Espírito Santo; não são três deuses, mas sim, um único Deus.
Sobre o livro “o islamismo e a trindade”, de Silas Tostes;
Sua leitura é de fácil entendimento e o assunto é muito bem abordado.
Com certeza, as duas visões, Islâmica e cristã, foram expostas por representantes da alta credibilidade(fato que dá muito respaldo para o livro).
Trata-se de um assunto que a maioria dos “cristãos bereanos”, já tinha boa consciência, mas, o escrito de Silas Tostes veio em muito endossar nosso conhecimento.

Pr.Nilton Marchiolli Igreja Cristã Apologética Santidade ao Senhor